Nos últimos tempos, as passarelas têm celebrado o volume: ombros esculturais, cortes gráficos e modelagens que amplificam o movimento. O oversize deixou de ser uma excentricidade para se tornar uma evidência.
No início, o casaco amplo fazia parte do legado dos anos 80 e 90, a era de ouro do power dressing . Armani, Mugler, Montana… Todos desenharam silhuetas com ombros avantajados, encarnando uma feminilidade conquistadora. Hoje, o oversize retorna repaginado, mais fluido e minimalista. The Row fez dele seu mantra, enquanto as marcas reinterpretam essa peça explorando texturas e cortes minimalistas. Resultado: um casaco que se impõe sem esforço, equilibrando elegância e descontração.
Nessa onda do casaco amplo, a ba&sh apresenta sua versão com o modelo Maury. Curto, mas denso, envolvente sem ser massivo, ele condensa a essência do minimalismo escandinavo com um toque parisiense. Seu corte evasê cai impecavelmente, e seu tecido de lã – ao mesmo tempo grosso e flexível – estrutura sem pesar. Já o tom cáqui desaturado exibe uma neutralidade sofisticada. Os botões retangulares? Um detalhe discreto, mas decisivo que refina sua silhueta.
Como usar o casaco oversize?
O oversize é uma questão de contraste. Muito largo, ele pode engolir você. Muito ajustado, perde seu efeito. É necessário brincar com o equilíbrio. Combine-o com uma calça ampla e uma malha fina para explorar a fluidez, ou opte por uma saia midi e um suéter de gola alta segunda pele para quebrar a rigidez do tailoring. Para os adeptos do look total oversize, adote uma calça de cintura alta, uma camisa XL e sapatos de salto refinados, criando estrutura no conjunto. A ideia? Evitar o efeito “saco” combinando amplitude e delicadeza.
E se o casaco amplo também invadisse as noites? Superposto sobre um vestido de seda ultrafluido com sandálias minimalistas ou botas de salto gráfico, ele joga com a dualidade masculino/feminino com uma elegância disruptiva.